Mirmecofauna Urbana Hospitalar e seu Potencial como Vetor de Agentes Infecciosos

Autores

  • Clery Mariano da Silva Alves Faculdade Estácio de Sá - GO
  • Janaína Steger de Oliveira Costa Pires Faculdade Estácio de Sá - GO
  • Sue Christine Siqueira Faculdade Estácio de Sá - GO
  • Susy Ricardo Lemes Universidade Federal de Goiás

Resumo

Verificar o potencial de formigas urbanas hospitalares, como vetores de agentes infecciosos relacionados às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Métodos: Foi realizado estudo de revisão bibliográfica, com abordagem descritiva. Resultados: Em todos os artigos relacionados, foram descritos como encontrados no ambiente hospitalar, diversos gêneros de formigas, como: Pheidole, Tapinoma e Paratrechina, de modo que tais formicídeos desempenham função como vetores mecânicos de micro-organismos patogênicos, como: Escherichia coli, Staphylococcus sp., Pseudomonas s. Dentre os locais avaliados, apresentaram maior incidência de formigas, locais de armazenamento de resíduos, de alimentos e de medicamentos, sendo o controle desse vetores de difícil realização ao considerar sua ecologia. Conclusão: Observa-se a necessidade da realização de novos estudos, para melhor conhecer acerca da microbióta da mirmecofauna hospitalar, bem como a necessidade de ação de órgãos como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, em prol da implementação de um manejo integrado de pragas.

Biografia do Autor

Susy Ricardo Lemes, Universidade Federal de Goiás

Graduada em biologia nas modalidades bacharelado e licenciatura. Possui especialização  em Epidemiologia e Vigilância em Serviços de Saúde Pública, além de mestrado em Genética pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Atualmente é doutoranda em Biotecnologia e Biodiversidade pela Universidade Federal de Goiás. As principais áreas de atuação incluem: saúde pública, investigação de compostos vegetais e sintéticos com atividade antimutagenica, angiogênica e quimiopreventiva.

Referências

Tanaka II, Viggiani AMFS, Person OC. Bactérias veiculadas por formigas em ambiente hospitalar. Arq Méd ABC. 2007; 32(1): 60-63.

Santos PF, Fonseca AR, Sanches NM. Formigas (Hymenoptera: Formicidae) como vetores de bactérias em dois hospitais do município de Divinópolis, Estado de Minas Gerais. Rev Soc Bras Med Trop. 2009; 42(5): 565-569.

Ferreira FP, Santana FA. Levantamento da mirmecofauna domiciliar e sua percepção pala comunidade de Quirinópolis – GO. UEG Rev.2008; 1(4): 25-33.

Costa SB, Pelli A, Carvalho GP, Oliveira AG, Silva PR, Teixeira MM, Martins E, Terra APS, Resende EM, Oliveira CCHB, Morais CA. Formigas como vetores mecânicos de micro-organismos no Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Rev Soc Bras Med Trop. 2006; 39(1): 527-529.

Gusmão FH, Sibinel N, Campos AEC. Distribuição de formigas urbanas no prédio central do instituto biológico, São Paulo. Biológico. 2007; 69(2): 455-457.

Pereira RS, Ueno M. Formigas como veiculadoras de microrganismos em ambiente hospitalar. Rev Soc Bras Med Trop. 2008; 41(1): 492-495.

Pesquero MA, Elias-Filho J, Carneiro LC, Feitosa SB, Oliveira MAC, Quintana RC. Formigas em ambiente hospitalar e seu potencial como transmissoras de bactérias. Neotrop Entomol. 2008; 37(1): 472-477.

Zarzuela MFM. Isolamento de entomopatógenos em colônias de formigas invasoras e sua aplicação para o controle [tese]. Rio Claro (SP): Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências; 2010.

Pelczar JR, Michael J. Microbiologia: conceitos e aplicações. São Paulo: Person Education 2009; 2. ed.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento. São Paulo: HUCITEC, 2007; 10. ed.

Lakatos EM. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas 2003; 5. ed.

Fonseca AR, Batista DR, Amaral DP, Campos RBF, Silva CG. Formigas (Hymenoptera: Formicidae) urbanas em um hospital no município de Luz, Estado de Minas Gerais. Acta Sci Health Sci. 2010; 32(1): 29-34.

Bicho CL, Brancão MLC, Pires SM. Mirmecofauna (Hymenoptera, Formicidae) em hospitais e postos de saúde no município de Bagé, RS. Arq Inst Biol. 2007; 74(1): 373-377.

Fontana R, Wetler RMC, Aquino RSS, Andrioli JL, Queiroz GRG, Ferreira SL. Disseminação de bactérias patogênicas por formigas (Hymenoptera Formicidae) em dois hospitais do nordeste do Brasil. Rev Neotrop Entomol. 2010; 39(4): 655-663.

Guilarde AO, Turchi D, Martelli CMT, Primo MGB, Batista LJA. Bacteremias em pacientes internados em hospital universitário. Rev Assoc Méd Bras. 2007; 53: 34-38.

Cassettari VC. Fatores de risco para colonização de recém-nascidos durante surto de Klebsiella pneumoniae produtora de beta-lactamase de espectro estendido em unidade neonatal de risco intermediário. J Pediatr. 2006; 82(1): 313-316.

Ritchmann R. Guia Prático de Controle de Infecção Hospitalar. Soriak Comércio e Promoções S.A, Eurofarma Laboratórios Ltda., São Paulo, 2005.

Blatt JM, Miranda MC. Perfil dos micro-organismos causadores de infecções do trato urinário em pacientes internados. Rev Panam Infect. 2005; 7(4): 10-14.

Almeida MY, Bedendo J, Cavasin ED, Tognim MCB. Prevalência e perfil de sensibilidade de amostras de Staphylococcus aureus isolados de casos clínicos de infecções hospitalares. Rev Eletr Enf. 2007; 9(1): 489-495.

Brasil. Resolução RDC nº 63 de 25 de novembro de 2011. Boas práticas em Serviços de Saúde. ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.

Campos-Farinha AEC, Bueno OC, Campos MCG, Kato LM. As formigas urbanas no Brasil: Retrospecto. Biológico. 2002; 64(2): 129-133.

Silva JAO, Ribeiro ER. Controle de pragas e vetores de doenças em ambientes hospitalares. PUBVET. 2014; 8(16): 1-16.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2017-08-22

Edição

Seção

Artigo original