PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS NA GESTAÇÃO NO BRASIL
Resumo
Objetivo: Definir o perfil epidemiológico das gestantes com sífilis no Brasil de 2010 a 2019 e seu impacto na transmissão vertical. Métodos: Estudo descritivo transversal com dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) do Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS), através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Foram identificados no Brasil mais de 332 mil casos de sífilis materna e 175.381 casos de sífilis congênita; predominaram gestantes pardas (48.56%), na faixa etária entre 20-29 anos (52.03%), que receberam o diagnóstico no primeiro trimestre de gravidez (34.59%) durante o acompanhamento pré-natal (52,67%). O presente estudo também identificou que a maioria dos casos de crianças com sífilis congênita eram filhos de mães que realizaram pré-natal durante a gestação (77,83%) em contrapartida com 16,17% dos casos cujas mães não fizeram tal acompanhamento. Por fim, identificou-se também que apenas 4,11% dos casos de sífilis congênita tiveram tratamento materno adequado, 29,91% não realizaram tratamento e em 54,28% o tratamento foi caracterizado como inadequado, além dos casos em que essa informação é ignorada (11,68%). Conclusão: Espera-se que o presente estudo contribua epidemiologicamente para o combate da sífilis materna e congênita, reduzindo assim, a sua incidência e suas graves consequências.
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